A fotografia brasileira amanheceu mais triste hoje; ontem, 25/03/2011, Thomaz Farkas faleceu aos 86 anos de idade, em sua residência por falência múltipla de órgãos após ter estado 21 dias internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e ter alta na manhã do mesmo dia.
O fotógrafo Thomaz Farkas 1924-2011.- Mastrangelo Reino - 27.jan.2011/Folhapress
Thomaz Jorge Farkas nasceu em Budapeste, Hungria 1924; ainda criança imigra com a família para o Brasil, em 1930, onde se tornaria um dos maiores nomes da fotografia.
A história de Frakas com a fotografia começa com seu pai, que o presenteou com sua primeira câmera aos 8 anos de idade, ele foi sócio fundador da Fotoptica uma das primeiras lojas de equipamentos fotográficos do Brasil, responsável pela formação de várias gerações de fotógrafos brasileiros; Farkas assumiu a direção da empresa após a morte do pai, nos anos 60, e ficou à frente dos negócios até 1997. Neste período a Revista Fotoptica e a Galeria Fotoptica se tornaram dois pilares fundamentais para a divulgação e o desenvolvimento da fotografia brasileira.
A revista Fotoptica, com imagens de Pedro Martinelli.
Em 1942 associa-se ao Foto Cine Clube Bandeirantes - FCCB , e Influenciado por fotógrafos como Ansel Adams e Edward Weston, Farkas passou a fazer parte do grupo que redefiniu o jeito de se fazer fotografia no país, ao lado de outros grandes nomes da fotografia nacional, como Geraldo de Barros (1923-1998), Chico Albuquerque (1917-2000) e German Lorca.
Copacabana (Rio de Janeiro, década de 40), Thomaz Farkas.
Mesmo sendo muito breve, este encontro com Farkas deixou suas marcas, acredito que tenha ocorrido com todos que o conheceram, assim como sua obra deixa suas marcas para a história da arte brasileira e certamente continuará sendo referencia para todos os fotógrafos do país.
"Telhas", de Thomaz Farkas.
“Fotografia: para mim, é o melhor jeito de aproveitar a vida. Vejam só: é ver, descobrir paisagens, pessoas, caras, grupos, ruas, fachadas, praças – todos trabalhando, brincando, folgando, comendo, dançando. Tudo isso é nossa vida: experiências vividas, olhando – e vendo – sempre, e daí fotografando sem fim com qualquer máquina, técnica ou filme, ou sem. Mas, olhando no visor ou no reflex, tudo é uma visão que não tem fim. Todo dia é diferente: todo olhar é outro e a gente percebe finalmente que o mundo é imenso! É bom ser fotógrafo! Ou como diz o colega português, Fernando Lemos, um mágico militante!” (Thomaz Farkas, em depoimento a Diógenes Moura, curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo)
Leia mais sobre Thomaz Farkas:
- Institutuo Moreira Sales (onde podem ser vistas fotografia da visita de Farkas á sua exposição mais recente).
- Enciclopédia Itau Cultural.
- Museu Universitario
- Veja
- Produção Cultural no Brasil
Bailarina fotografada por Thomas Farkas em São Paulo nos anos 50.
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